Educação não-formal
Marineide Pereira Gomes¹ Yanatasha Fernandes Ferreira da Silva² André Gustavo Ferreira da Silva³
RESUMO
Numa busca de ampliarmos o nosso conhecimento para além das práticas de ensino institucionalizadas, investigamos a educação não-formal estabelecendo diálogos com a educação popular em Paulo Freire, utilizando como espaço empírico o Grupo de Leigos Católicos Igreja Nova. Realizamos uma coleta de dados no Jornal Igreja Nova, produzido pelo grupo, fazendo um recorte histórico do período de agosto de 1991 a dezembro 1995, buscando identificar três elementos de representação freiriana – diálogo, conscientização e libertação. A presença desses elementos no material coletado nos fez perceber a relação entre educação não-formal e educação popular proposta por Freire no espaço estudado, visto que, em ambas, há uma perspectiva dialética educação-conscientização onde a promoção do diálogo se constrói num processo que movimenta a consciência gerando a prática para liberdade. Palavras-chave: Educação. Educação Não-Formal. Educação Popular em Freire.
INTRODUÇÃO
No presente trabalho nos pautamos no conceito de educação apresentado por Brandão (2004), para quem a educação não se caracteriza apenas por práticas de ensino institucionalizadas como aquelas existentes nas escolas, mas considera que a educação abrange todos os processos de formação dos indivíduos, de modo que, toda troca de saberes se constitui como uma prática educativa e pode se desenvolver nos mais variados ambientes sociais. Observa-se, atualmente, uma crescente demanda por educação e, em contrapartida, uma dificuldade do Estado no cumprimento de suas obrigações referentes a uma oferta capaz de atender a esta demanda, surgindo, assim,
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Graduanda de Pedagogia – Centro de Educação – UFPE. brancagoms@hotmail.com Graduanda de Pedagogia – Centro de Educação –