Educação na visão de Freud
Freud jamais redigiu um trabalho tendo como objetivo a Educação, o que não o impediu, ao longo de sia obra, examinar, criticar caso necessário, o papel dos professores, dos pais, ou seja, a autoridade adulta sobre as crianças. Não há obra de Freud, em que ele não menciona em algum comenta sobre a questão da educação. Desde Três ensaios sobre a teoria da sexualidade (1905) até Mal-estar na civilização (1930), as referências a educação são constantes.
O ponto de partida do pensamento de Freud sobre a educação situa-se na confluência de dois questionamentos, um biológico e um histórico. A biologia, primeiro disciplina de Freud, permitiu-lhe descobrir a imaturidade da criança ao nascer. Comparando com outros animais, o pequeno homem parece inacabado. Não somente ele nasce nu e incapaz de se nutrir, como esse estado dura muito tempo. Essa debilidade nativa o condena a uma proteção e, por conseguente, uma influência muito longo e muito importante da parte dos adultos. A historia individual infantil e marcante e seus traços subsistem, no homem adulto. Essa primeira intuição foi sistematizada por Freud em seus trabalhos iniciais ao rejeitar sucessivamente a explicação “nervosa” dos transtornos mentais e a suposição da neurose pela hereditariedade. Ele vê nas transformações da infância a origem dos transtornos dos adultos. Por imitação, ensaio e erro, condicionamento e o raciocínio. O raciocínio é a única forma exclusiva do ser humano, pois os animais aprendem por imitação, ensaio e erro, condicionamento e “insight”3.
Imitação: imitação significa simplesmente repetir o comportamento de outra criatura.
Ensaio e erro: como o próprio termo já implica, ensaio e erro significa tentar até conseguir o objetivo.
Condicionamento: para explicar condicionamento, o mais simples e citar a clássica experiência de Pavlov, um fisiologista russo: Ele colocava o alimento perto do cachorro, ao mesmo tempo que tocava uma sirene ou acendia uma luz