didática
A Didática deriva-se do termo grego didaktiké, entendido como arte de ensinar. Ela acompanha a existência do homem e da mulher, enquanto seres que praticam o ensino e a aprendizagem, ao longo de suas vidas. Aprendizagem que acontece até de forma involuntária, assimilada por observação, imitação ou por ensinos praticados por outras pessoas que transmitem, sob diversas maneiras, informações, fazeres e sentimentos. É pela aprendizagem que as pessoas determinam seu comportamento individual e social perante os fenômenos naturais ou humanos. O ensino, diferentemente da aprendizagem, é feito de modo intencional. E é por essa razão que o ensino tornou-se uma preocupação social e política, que precisa de controles para os conteúdos e para as formas de repasse desses conteúdos, orientados por objetivos estipulados previamente. Essa peculiaridade intencional do ensino converteu-se numa preocupação específica para as organizações de caráter político, incluindo o Estado, igrejas, sindicatos, famílias, escolas, que se preocupam em saber: O que ensinar? Por que ensinar? De que modo ensinar? Para quem ensinar? Preocupação que acompanhou a humanidade na história.
Mesmo havendo esse cuidado para com o ensino, não havia, até o século XVII, pessoas dedicadas a convertê-lo numa área de estudo específica. Essa atividade era feita de modo mais ou menos voluntário, como se o conhecimento acumulado fosse o bastante para o repasse dele aos outros. Mas essa tradição irrefletida foi quebrada por Comenius (1592-1670), a partir do livro Didática Magna, primeira obra clássica que indica os passos necessários para a docência, descrevendo o como se ensinar tudo a todos. Em função disso, há quem diga que a Didática só começa a existir, enquanto Ciência, depois da contribuição teórica de Comenius. Neste sentido, Libâneo afirma:
Desde os primeiros tempos existem indícios de formas elementares de instrução e aprendizagem. Sabemos, por exemplo, que nas comunidades primitivas