Educação na Era Vargas
GRUPOS ESCOLARES PAULISTANOS.
Essio Minozzi Jr.
Mestrando do PPGE da UNINOVE – SP. essiominozzijr@terra.com.br “É certo que a República falhou em suas tarefas educacionais. Mas falhou por incapacidade criadora: por não ter produzido os modelos de educação sistemática exigidos pela sociedade de classes e pela civilização correspondente, fundada na economia capitalista, na tecnologia científica e no regime democrático Em outras palavras, suas falhas provêm das limitações profundas pois se omitiu diante da necessidade de converter-se em
Estado educador, em vez de manter-se como Estado fundador de escolas e administrador ou supervisor do sistema nacional de educação”.
Florestan Fernandes
Introdução
A educação brasileira na chamada Era Vargas, neste texto, será apresentada pontuando os aspectos mais significativos daquele período no que diz respeito à educação e, especialmente, às reformas educacionais de
Francisco Campos e de Gustavo Capanema frente ao Ministério da Educação e Saúde Pública criado por Getúlio Vargas como chefe do Governo Provisório
(1931) e que prevaleceu no Estado Novo, governo autoritário de Vargas, de
1937-1945.
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Naquele momento, o mundo vivia governos totalitários e, no Brasil, Vargas governa sob a influência dos militares e da Igreja, notadamente, um governo marcado pelo autoritarismo e pelo nacionalismo.
A Era Vargas se constituiu pela crise do modelo agrário-comercial exportador dependente e o início de estruturação do modelo nacionaldesenvolvimentista, com base na industrialização.
Com o início da industrialização, a composição social tornou-se mais complexa.
Há uma pequena burguesia, uma camada média de intelectuais e o operariado nascente. A pressão de demanda por escolas, provocada pela pressão social, se acentua.
Neste contexto, destacamos, na educação da Era Vargas, a luta ideológica entre, principalmente, o movimento liberal renovador,