educação inclusiva
ANÁLISE DA PRODUÇÃO CIENTÍFICO-ACADÊMICA
VASQUES, Carla Karnoppi – UNISUL – k.recuero@gmail.com
GT-15: Educação Especial
Agência Financiadora: CNPq
Na construção de processos inclusivos encontram-se obstáculos relativos aos supostos limites e possibilidades de escolarização de crianças e adolescentes com
Transtornos Globais do Desenvolvimento1. Em conseqüência de sua estruturação psíquica singular, estes sujeitos apresentam comportamentos estereotipados, falas descontextualizadas, escritas e leituras presas na literalidade ou com sentido errante.
Tais diferenças são, constantemente, percebidas como impedimentos para a escolarização e justificam sua ausência ou o encaminhamento para espaços reeducativos, com vistas à adaptação comportamental.
A repetitiva dúvida frente à possibilidade de escolarização é originária de uma complexa rede de elementos. Alguns fatores que contribuem para tal situação: a ausência de informações sobre estas crianças e adolescentes; os poucos e recentes estudos; as dificuldades de interlocução entre as diferentes áreas que se ocupam da temática; a ausência de uma sistematização do conhecimento por parte do campo pedagógico; e, finalmente, a tendência de perceber a diferença como falha ou déficit a ser corrigido.
Procurando contribuir com a construção de outro olhar sobre esses sujeitos e suas possibilidades subjetivas e educacionais, realizou-se um estudo teórico com base no conhecimento acadêmico-científico (teses e dissertações) produzido nos programas brasileiros de pós-graduação. Como eixos norteadores, buscou-se conhecer as áreas e temáticas envolvidas, a singularidade do debate instituído e, sobretudo, analisar o lugar conferido à escola e à escolarização. Ao evidenciar as racionalidades constitutivas dessa temática, questiona-se a pretensão de haver um único caminho escolar, educacional e subjetivo para tais sujeitos, o que pode abrir espaço para a