Educação inclusiva
O que será apresentado nesse curso é o resultado da aplicação do que chamamos de método científico aplicado às estrelas : observamos alguma(s) característica(s) e procuramos entender essas observações à luz de leis da física . Entretanto , faz parte do método colocar-se à prova dos colegas : não basta dizer que observou isso ou aquilo dessa maneira e assim por diante . Tenho de explicar qual estrela observei e onde ela está no céu , para que algum colega possa corroborar ou não minhas medidas ( enganos sempre são possíveis ! ) . E é esse o primeiro tópico : como mapear as estrelas , como caracterizamos sua posição no céu noturno . Note , como nossos antepassados , que quando olhamos para o céu noturno temos a impressão imediata de que todos os objetos celestes estão muito afastados de nós , fixos na escuridão do céu . Por esta razão , os astrônomos atuais supõem , para simplificar , que todos os objetos que brilham no céu noturno estão a uma mesma distância , fixados na parte interna de uma grande esfera imaginária que envolve a Terra e que chamamos de esfera celeste . E a Terra está situada no centro dessa esfera celeste . Façamos um parênteses : as estrelas que povoam o universo estão situadas em um amplo intervalo de distâncias da Terra e , por exemplo , para sabermos a quantidade de energia emitida por um corpo celeste precisamos conhecer a que distância ele está de nós, o que torna este cálculo fundamental para a astrofísica . As estrelas que conseguimos enxergar com nossos olhos estão situadas em um intervalo de distâncias que vai de 4,2 anos-luz ( a estrela mais próxima de nós , Proxima Centauri , que tem o nome científico de V645 Cen ) até cerca de 1000 anos-luz . Em breve , falaremos dessas distâncias . Mas você já deve saber que essas distâncias imensas nem se comparam com aquelas das outras galáxias , quasares , que estão a milhões de anos-luz ! Felizmente, para observar um determinado astro não é necessário saber a sua distância mas