Educação inclusiva
Incertezas e insegurança permeiam profundamente o nosso cotidiano e aumentam nossa angústia existencial. “Tudo que é sólido se desmancha no ar” e, perplexos e desnorteados diante as informações e interpretações contraditórias da mídia e da academia, os indivíduos se interrogam desesperadamente sobre os rumos da sociedade e de suas próprias vidas.
Encurralados cada vez mais no seu espaço vital – a violência do cotidiano, o meio ambiente arrasado e as oportunidades econômicas minguando – a vida no mundo de incertezas tornou-se um pesadelo carregado de absurdos cuja razão ou sentido parece fugir de qualquer esforço de análise racional.
Desesperados com as falsas promessas de “desenvolvimento pelo progresso técnico” e constantemente desorientados pelos discursos mentirosos de chefes de governos, de políticos corruptos, a ganância voraz é insaciável do “mercado” e a maior parte da mídia cooptada e controlada pelas “elites”, os jovens perplexos diante dos aparentemente inescrutáveis enigmas da vida, procuram escape no niilismo, nas drogas, na violência ou na autodestruição.
Como lutar contra essas tendências destrutivas e orientar para caminhos e valores que resgatem o sentido da vida, individual e coletivo?
Contra qualquer crença determinista, postulamos que toda nossa realidade é produto de uma construção social e, portanto, pode ser desconstruída e reconstruída.
Moral e Ética
Segundo o dicionário de filosofia, ética é a ciência que tem como objeto os juízos de valor que distinguem entre o bem e o mal. Historicamente, o senso comum trata moral e ética como sinônimos, mas, desde E. Kant, no século do Iluminismo, a ética é considerada superior à moral.
A moral é historicamente datada e suas normas e sanções mudam de acordo com as transformações da sociedade, sempre refletindo a visão do mundo e os interesses das elites. Basta recordar as manifestações dos senhores escravocratas, dos primeiros