EDUCAÇÃO INCLUSIVA: Um problema ou solução para os alunos surdos?
CENTRO DE EDUCAÇÃO - CED
PESQUISA EDUCACIONAL
MÔNICA FAÇANHA
NATÁLIA PRAXEDES DE SOUZA BARROS
EDUCAÇÃO INCLUSIVA: Um problema ou solução para os alunos surdos?
Fortaleza - Ceará
2012
INTRODUÇÃO
Portadores de necessidades especiais passaram por uma grande trajetória até alcançar o atual movimento de educação inclusiva, tendo uma história marcada por sacrifícios, abandonos, superstições, sentimentos de caridade e exclusões. Na Idade Antiga, pessoas com deficiências eram sacrificadas, com o pretexto de que estariam fazendo bem à sociedade, pois acreditavam que eles não iriam acompanhar os ditos “normais”. Na Idade Média, com o cristianismo, surge o sentimento de caridade, assistencialismo, os cristãos acreditavam que as crianças com deficiência tinham alma e não podiam ser sacrificadas, então eram feitas instituições em que as crianças com deficiências ficavam enclausuradas, longe do convívio social. Na Idade Moderna com o avanço da medicina, surge um interesse maior pelas pessoas com deficiências, com o atendimento educacional, porém, no modo segregacionista. Até que a partir da década de 1990 as propostas de ensino, acessibilidade e inclusão começaram a ser intensificadas.
Em 1994, surge a Declaração de Salamanca, referendada na Conferência Mundial sobre a Educação para Todos, em que prevê uma linha de ação sobre Necessidades Educativas Especiais, afirmando que “o princípio fundamental dessa linha de ação é de que as escolas devem acolher todas as crianças, independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas ou outra” (BRASIL, 1994, P.14, grifos do documento).
Porém, de acordo com Longman (2007), este modelo de escola surge nos movimentos liberais de educação, construídos no discurso de benevolência, solidariedade e do direito, tendo como consequência grave o fechamento de escolas de surdos, não só nos sistemas públicos de