educação classe social
Os ideais da escola pública universal gratuita e laica, não são novos. Suas raízes estão ligadas ao passado, mais propriamente ao século XVIII, na França, por ocasião da ascensão da burguesia, enquanto classe revolucionária, que naquele momento, lutava contra o mundo feudal. O discurso liberal, produzido historicamente, tornou-se o princípio norteador da nova organização social. Com a Revolução Francesa e a tomada do poder político pela burguesia, urgia construir um sistema de ensino, voltado para formar os novos homens, ou seja, os futuros cidadãos. A escola burguesa, estruturada dentro dos princípios de liberdade, igualdade, em defesa da propriedade e da democracia, foi resultado do modo de produção capitalista, que, nesse momento histórico, estavam sendo colocados a todos. A discussão sobre classe social surge em Marx, concomitantemente a sua analise sobre o processo de produção e circulação do capital. Centrou suas investigações acerca da origem, do desenvolvimento e da organização da ordem capitalista. Nos Manuscritos econômico-filosóficos ao analisar, as condições de existência do operário, aponta o fator econômico, como aspecto principal. O trabalhador torna-se tanto mais pobre quanto mais riqueza produz, quanto mais a sua produção aumenta em poder e extensão. O trabalhador torna-se uma mercadoria tanto mais barata, quanto maior número de bens produz. Com a valorização do mundo das coisas, aumenta em proporção direta a desvalorização do mundo dos homens. O trabalho não produz apenas mercadoria; produz-se também a si mesmo e ao trabalhador como uma mercadoria, e justamente na mesma proporção com que produz bens (MARX, 2002, p. 111). Com o desenvolvimento industrial, temos a divisão cada vez mais evidente da sociedade em duas classes principais: a burguesia, proprietária dos meios de produção, classe cada vez mais Abastada e o proletariado, classe cada vez mais pobre e miserável, cuja força de trabalho é a única