Educação - bordieu

A educação é sempre apontada como única forma de melhorar todos os males da sociedade. Entretanto a instituição escolar está incluída em uma série de mecanismos complexos, portanto, a escola não pode ser considerada a única responsável pelo fracasso ou sucesso de um indivíduo. É claro que é inegável a importância da educação formal, porém esta segue no processo de exclusão que observa-se nos diversos âmbitos sociais, sendo mais uma engrenagem da sedenta máquina regida por um poderoso sistema.
O pensamento de Bourdie acerca do capital cultural vem a acrescentar à ideia de que a escola tem seus efeitos muito reduzidos se for tida como uma engrenagem única do processo de formação social. O entendimento sobre o capital cultural dos alunos que ingressam no ambiente escolar traz uma discussão muito mais aprofundada sobre o desempenho dos mesmos e sobre a própria atribuição dada à escola como meio capaz de incluir socialmente os sujeitos.
Segundo Bourdie, o capital cultural mostra-se em três formas: incorporado – relacionado aos gostos, modos, entre outros fatores, que o sujeito traz consigo –, objetivado – relaciona-se ao acesso a bens materiais e a atividades culturais, como exposição de arte, livros, mas cabe ao sujeito sabê-los interpretar –, e institucionalizado – que diz respeito ao grau de escolaridade dos familiares do aluno. A partir do entendimento sobre capital cultural, pode-se então notar que a escola depende de fatores que são externos ao seu controle e que, portanto, não pode ser encarada como solucionadora de todos os problemas sociais.
Ao longo da história a educação foi vista como a solução para a maioria dos problemas sociais como miséria, desigualdade econômica e, principalmente, desemprego. Mas a partir do entendimento sobre capital cultural, pode-se então notar que a escola depende de fatores que são externos ao seu controle e que, portanto, não pode ser encarada como solucionadora de todos os problemas sociais. A partir daí surge o