A sociologia da educação em pierre bordieu
“Nada é mais adequado que o exame para inspirar o reconhecimento dos veredictos escolares e das hierarquias sociais que eles legitimam”.
Apesar de toda a capacidade de relacionar suas teorias com adventos futuros, normalmente apresentada pelos grandes estudiosos da educação, em se tratando da atualidade da educação, prefiro observar os princípios de quem vive ou viveu o mais próximo possível da realidade nossos dias. Desta forma cito a seguir alguns princípios básicos da teoria do renomado sociólogo francês, Pierre Bordieu, que construiu suas teorias a partir de múltiplas fontes teóricas, como as de Kant, Mauss, Austin, Norbert Elias, Lévi-Strauss, além das de Marx, Weber e Durkheim. Para sua teoria ele criou conceitos como o “capital cultural” e o “habitus”
Bordieu, critica as receitas prontas apresentadas pela instituições em detrimento à autonomia do sujeito, escancarando o inveterado dilema: o embate entre o objetivismo e o subjetivismo. Neste panorama ele destaca que a bagagem cultural irá determinar o tratamento que um indíviduo receberá na escola em que está inserido, ou seja quanto mais requintado ou refinado forem os hábitos de uma pessoa maior atenção ela receberá da instituição, com resultados totalmentes demotivadoras para aquelas que não possuem tal status. Bordieu toma este fato para embasar a afirmação de que a educação formal é uma extensão da educação doméstica e que esta influi diretamente na primeira. Também tomando por base pesquisas produzidas pelos governo francês, inglês e norteamericano, ele afirma que a escola reproduz e legitima desigualdes sociais e fomenta privilégios sociais, e com isto ele denuncia a farsa do modelo vigente até o século XX que pregava oportunidades iguais para todos os cidadãos, e que os destaques ficariam por conta da capacidade que cada um apresentasse. O sociólogo aponta ainda o capital econômico das familias como fator decisivo para o sucesso