educação bancaria
O autor vem claramente através do texto, explicitar dois “tipos” de educação, a Educação “bancária”, que seria aquela onde os alunos são vistos como caixas, onde o professor deposita os saberes. E a Educação “libertadora”, onde os alunos e professores são vistos como construtores de um processo de ensino-aprendizagem, onde os dois são agentes, são ativos e cooperam para o aprendizado mútuo.
Na Educação bancária o professor está acima do aluno, não permitindo questionamentos e idéias novas. Acredita-se que o aluno deve esvaziar-se de suas experiências e entrar na sala de aula, pronto para receber os saberes do professor, dono da palavra e da verdade. Toda a bagagem dos alunos deve ser descartada, pois ela não é considerada um “saber”.
Na Educação libertadora os alunos e professores estabelecem uma relação de troca de experiências, onde o educador também é educando, e o educando também é educador. Os conhecimentos já adquiridos pelo educando são valorizados e explorados, permitindo que ele reflita e tenha as suas próprias conclusões.
Se pensarmos nesses dois tipos de educação, podemos perceber à qual estivemos sujeitos. Desde que a educação passou a ser elitista, a Educação bancária tem sido “aplicada” nas escolas com objetivo de manter a hierarquia da sociedade. Estimulando os filhos dos “ricos” a continuarem sendo ricos e os filhos de “pobres” a continuarem sendo pobres.
Cai bem aos políticos e opressores formar pessoas sem o poder de questionar e argumentar, pessoas que são expectadoras da sociedade, que apenas recebem e aceitam os fatos e jamais participam deles.
Para as elites a educação libertadora é vista como uma ameaça, já que através dela os educandos e educadores têm opiniões, argumentos, questionamentos e soluções, pondo em cheque as ações da classe dominante que repreende em nome da ordem social e da liberdade, a falsa liberdade, que a maioria aceita e acha que é suficiente.
Como temos