Educação Ambiental: entre a complexidade e a interdisciplinaridade
As ações antrópicas interferem de forma acentuada no ambiente. Quanto mais a sociedade consome, mais água e energia são necessárias, mais barragens e outras fontes energéticas se fazem presentes no horizonte e mais degradação é realizada à Gaia e aos seres vivos que nela sobrevivem.
A educação ambiental pode desempenhar um papel relevante na superação da crise e no auxilio a desvendar alternativas viáveis para a sociedade como um todo. Marina Silva (2005) afirma que é preciso ir além nas expectativas quanto às possibilidades da educação ambiental.
A autora percebe que a sociedade enfrenta uma situação mundial problemática no que se refere ao uso dos recursos naturais do planeta. Para ela a dimensão social dessa situação requer ações de enfrentamento para o tempo presente, junto aos usuários contemporâneos desses recursos naturais. Isso significa desenvolver o esforço de contribuir para a aquisição do repertório da cultura da sustentabilidade em suas múltiplas dimensões, considerando as práticas sociais, as relações produtivas e mercantis, as instituições, as doutrinas político-ideológicas, as condições socioeconômicas e culturais, e também para a compreensão da magnitude dos problemas ambientais atuais e do saber ambiental necessário à compreensão da vida e da relação humano-sociedade-natureza.
Nesse sentido Silva (2005) afirma que encontrar meios, respostas que sejam mais permanente, definitivas às questões atuais requer análise do meio ambiente em suas múltiplas e complexas relações, e envolvem aspectos ecológicos,