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Resumo
Este breve ensaio vive de uma intenção: a de exortar a excelência no desporto. Intentaremos contemplar o seu valor, substância e sentido neste presente obcecado pela ânsia desmedida do resultado rápido e impreciso. Até porque a excelência exige dedicação. Exige esforço. Exige sangue e volição. Assim, o percurso irá ser percorrido através de uma hermenêutica da palavra e de uma perceção fenomenológica sobre o humano, o desporto e a vida. Considera-se fundamental voltar a sentir que a vida só faz sentido quando a ética da vontade irriga a seiva humana. É urgente perceber que é a busca da excelência que nos move e justifica, que nos atribui integridade e responsabilidade, que nos edifica e nos torna íntegros na arte de saber ser, estar e agir. Por tanto, é feito um convite para que se viva o presente com densidade e se olhe o futuro com esperança, na busca da sabedoria, da beleza, do esplendor, da poesia e da verdade no desporto.
Palavras-chave: Pessoa Humana, Desporto, Ética, Aretê
Da intenção
Este texto que aqui se apresenta nada mais é do que uma exortação à excelência humana. Um apelo à transcendência, ao alto, à criação e ao impulso de direcionar o olhar e a vontade para a linha do horizonte, a mesma que representa o cunho da persistência e do treino, da amargura e da dor, da existência e da esperança. Centrando o nosso objetivo na procura constante da autenticidade desportiva, retratamos o desporto à luz de um projeto axiológico e ontológico que se preocupa em realizar no humano uma formação plena e de carácter transcendental. Partindo da teoria nitzscheana de que o homem é um ser inacabado, uma façanha por concluir, constituindo-se a sua ventura no constante aperfeiçoamento e na eterna construção da condição humana que o moraliza e humaniza, posicionaremos, deste modo, o ser perante a tríade ontológica do sentir, do agir e do pensar. O