Educacao corporativa
Daniele Cruz andreedan@ig.com.br
Resumo
O objetivo do artigo foi analisar o modelo de Educação Corporativa adotado por uma empresa verejista de médio porte e as expectativas dos funcionários participantes dos programas educacionais sobre suas trajetórias. A pesquisa, um estudo de caso, fundamentou-se no paradigma da teoria crítica e utilizou o método qualitativo com elementos quantitativos, realizada a partir de análise documental e entrevistas com funcionários da Leader Magazine de cargos variados. Utilizamos como referencial teórico bibliografia referente às mudanças ocorridas nas três últimas décadas, que influenciaram o cenário global, as empresas e as pessoas, o trabalho e a educação; levamos em conta o papel e influência que o empresariado vem desenvolvendo sobre as políticas públicas de educação e as concepções de educação com suas teorias e conceitos. Como resultados apontam-se que embora a empresa, em seu discurso, apresente a Escola Leader de Varejo (ELEVAR) como uma política formal de Educação Corporativa, na prática esta se reduz a ações educativas isoladas, como cursos curtos e treinamentos, na maioria comportamentais. A proposta de Educação Corporativa da empresa voltou-se para seus objetivos estratégicos, focando o mercado, não levando em consideração as necessidades e expectativas de formação de seus funcionários. Apesar da empresa considerar essa política de educação extremamente relevante, por pretender atingir a todos os trabalhadores, esses não o percebem dessa forma, desconhecendo a Educação Corporativa como um modelo diferenciado e encarando essas atividades como simples treinamentos pontuais. Ainda assim, na avaliação dos funcionários, predomina a crença de que a Educação Corporativa, da forma desenvolvida na empresa, de fato contribui para o seu crescimento pessoal e