Educa O N O Formal
Maria da Glória Gohn1
RESUMO
O trabalho objetiva refletir sobre a educação não-formal e seu papel educativo nos marcos da Pedagogia Social. Considera-se a educação não-formal como um campo de conhecimento em construção. Analisa-se como ocorre a mediação deste processo educativo com a escola por meio da participação da sociedade civil organizada em estruturas colegiadas de interação entre as escolas e o território que a circunda. Busca-se as aprendizagens que acontecem das interações geradas pelo processo participativo
O trabalho se divide em duas partes: a primeira de caráter teórico - discute a categoria educação não-formal em si, seu campo, atributos e relação com a Pedagogia Social. Por meio da análise comparativa, busca-se diferenciar a educação formal, da informal e da não-formal. A segunda utiliza os pressupostos da educação não - formal para observá-la em ação: em colegiados escolares, no interior das escolas e em movimentos sociais que atuam no campo da Pedagogia Social.
Palavras-chave: Pedagogia social; educação não-formal; movimentos sociais; redes solidárias;
1ª Parte
Educação não-formal: a busca para a construção de um conceito
Este texto é parte de uma pesquisa mais ampla que tem como objetivo analisar o protagonismo da sociedade civil em ações coordenadas por ONGs, movimentos e redes solidárias na área da educação em geral. Uma das questões desta pesquisa é investigar as formas educativas existentes no universo daquelas ações buscando qualificar o caráter da educação gerada.
Para tal recorremos a uma categoria que desenvolvemos em pesquisa anterior que é a da educação não-formal (GOHN, 1999). Naquela pesquisa, nos ocupamos em definir a categoria, delimitar seu campo e apontar lacunas e necessidades para a ampliação de seu entendimento e campo de estudo.
Na pesquisa atual, ao investigarmos sobre a questão do sentido e significado da educação produzida nas ações coletivas protagonizadas pelas redes