Edgar Morin
São Paulo: Cortez, 2007.
Aurilândia Leal e Silva1
Edgar Morin, nascido em 08 de julho de 1921, graduou-se em Economia Política,
História, Geografia e Direito. Realizou estudos em Filosofia, Sociologia e Epistemologia. É autor de mais de trinta livros. Publicou em 1977 o primeiro livro da série O método, no qual inicia sua explanação sobre a teoria da complexidade. Em 1999, lançou A cabeça bem feita e
Os setes saberes necessários à educação, além de outros três títulos sobre educação. Ele defende a interligação de todos os conhecimentos, combate o reducionismo e valoriza o complexo, assim, é considerado o pai da teoria da complexidade.
Esta obra reúne, portanto, três ensaios escritos em tempos distintos, sendo os dois primeiros marcados pela esperança utópica de uma reforma cognitiva saturada de rupturas, reaprendizagens, reformas e transdisciplinaridade. Que são: sobre reformas universitárias e a articulação dos saberes. Porém o último ensaio é posterior à experiência da reforma que acabou sendo abortada pela insensibilidade dos governantes e pela intransigência dos educadores, a propósito dos sete saberes.
As universidades passam por transformações frequentes e adaptações ao meio social, fazendo o seu dever regenerador e transmitindo seu valor intrínseco aos cidadãos que queiram mudar seus destinos, além disso, passam por desafios subsequentes relacionados à adaptação econômica e técnicas administrativas.
Existe a preocupação em separar a cultura humanista, essa que está entre a inteligência geral e a cultural científica que, por vezes de modo inteligível se encontra em categorias entre disciplinas. Mas essa separação acarreta graves consequências para ambas, pois são culturas complementares que não podem ser trabalhadas separadamente, inclusive pela sua sequência de estudo, enquanto uma revitaliza obras do passado, a outra valoriza as obras adquiridas no