Edgar Morin

812 palavras 4 páginas
Se tomarmos os traços e as características da escola pública nos dias de hoje, local onde estuda a grande maioria dos alunos no país, nota-se situações de tensão entre estudantes e professores, de agressão e/ou comportamentos violentos que levam, ambos, a um sentimento de impotência e inadequação. Esta situação de violência é o reflexo da sociedade brasileira e ela está presente em todos os lugares: nas ruas, na mídia, no lazer e até na família.
Uma segunda situação vivenciada nas instituições de ensino é o fracasso escolar que leva a repetência e posteriormente à evasão. Este fracasso pode ser associado ao ineficiente processo metodológico de ensino e também aos mecanismos internos da escola que exclui, hierarquiza e discrimina os indivíduos. Desta forma o fracasso não é só do estudante, ele é também das instituições e dos professores que participam deste processo.
A formação tecnicista que se preocupa exclusivamente a construção do conhecimento prático, aquele que vai ser utilizado pelo indivíduo somente para se inserir no mercado de trabalho, e que não possibilita a formação do estudante enquanto ser humano é outra preocupante realidade da educação nos dias atuais. Diante de tantos problemas a serem enfrentados pela educação, os textos de Edgar Morin e Paulo Freire convidam a uma reflexão sobre a vivência educacional e bafejam um sopro de esperança nesta realidade entristecedora.
Segundo Morin, para uma nova organização da educação se faz necessário a reforma dos educadores, ou seja, ensiná-los a pensar a educação por meio de uma nova perspectiva. É comum ouvir indagações de estudantes quanto à necessidade de se estudar determinados conteúdos. Muitos deles, acredito, poderiam realmente ser suprimidos. Porém, na maioria das vezes estes conhecimentos estão soltos e descontextualizados e isto não favorece a sua compreensão. A compartimentação dos saberes e a incapacidade de articulá-los é um dos grandes prejuízos do aprendizado atual. Para corrigir esta

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