resenha do filme o enigma de kasper houser

No filme o enigma de Kaspar Houser, o personagem principal passa a maior parte da sua vida longe do convívio humano, vivendo somente com o seu eu, sem nenhuma interação social. Quando Kaspar encontrou o mundo exterior, ele reagiu de forma esperada, levando em conta que ele não tinha nenhum conhecimento sobre o mundo exterior ao do cativeiro em que fora mantido, sua fala era inata e seu modo de andar era deficiente, sua primeira interação se deu em meio a repetições e tentativas de copiar a fala, essa característica pode ser comparada ao primeiro estagio do desenvolvimento, segundo as teorias de Piaget.
Ao passar do tempo, o seu desenvolvimento vai tomando forma, com a motivação do meio exterior, com isso vão surgindo questionamentos, e com a sua ingenuidade acaba não entendendo algumas significações sociais e religiosas, este fato acaba aumentando ainda mais a sua confusão. Isso pode ser exemplificado com a cena da maçã em que é citado Deus, como responsável.
Com seu pouco contato, seu processo cognitivo linguístico não se desenvolveu, afetando de forma importante suas relações humanas, apesar de dar demonstrações de educação e sensibilidade muitas vezes maiores do que os homens que sempre viveram em convívio social adequado.
Apesar de inúmeras situações onde é colado em teste a sua fé e seu autocontrole, Kaspar mostra que apesar de não intender muitas coisas que fazem relação com a humanidade, pode ser sensato e corajoso. Como quando sofre o atentado e não procura ninguém, apenas se isola.
Kaspar faz descobertas importantes em torno da sua existência, antes de encontrar a morte, pois no tempo em que foi mantido em cativeiro, ele não tinha ideia da sua existência, ou sequer pensar, refletir sobre tal situação.
Em resumo, a nossa capacidade de conhecer o mundo esta ligada a nossa capacidade de interagir e raciocinar, com o uso da linguagem e de signos. Percebendo a estreita relação entre língua, pensamento, conhecimento e a própria construção social da