ed.fisica
A educação física em sua história esteve sobre a égide da sociedade capitalista, sendo legitimada pelas necessidades de manutenção das relações sociais capitalistas e não pela necessidade de seu conteúdo específico. Ao discutirmos as relações sociais que determinam a atuação da Educação Física no que antecede a década de 80, percebemos que ao consolidar-se enquanto sistema, o capitalismo exigiu a formação de sujeitos que atendessem a seus interesses, e neste contexto é que as tendências tiveram sua função estabelecida. Com isto, houve a necessidade de disseminação das ideias dominantes produzidas pela classe que detém os meios de produção, tendo assim, cada tendência uma forma de manipulação e disseminação da ideologia burguesa. Buscamos então, contextualizar a função das tendências ideológicas na história da Educação Física, no período que compreende a ascensão do capitalismo no Brasil até a década de 80. Para isto classificamos as tendências em quatro: higienista, militarista, pegagogicista e competitivista nos baseando em Castelhani Filho (1988); Ghiraldelli Junior (1994) e Soares (2001). Unitermos: Educação Física. Tendências. Ideologia capitalista Introdução A Educação Física (EF) tal qual a conhecemos hoje expressa a forma como os seres humanos se relacionam no modo societário capitalista. As modificações do seu conteúdo e da forma de aplicá-los, bem como suas disposições legais, tendem a obedecer à lógica das mudanças dessa organização social, ou seja, a medida que a sociedade é transformada pelos homens, transforma-se a forma da educação física (MELLO, 2009). A educação física em sua história esteve sobre a égide da sociedade capitalista, sendo legitimada pelas necessidades de manutenção das relações sociais capitalistas e não pela necessidade de seu conteúdo específico (MELLO, 2009). De um lado, pode-se dizer de forma bastante sintética que a concepção funcionalista da sociedade,