Eclesiologia da igreja católica
Professando “Creio em um só Deus Pai todo-poderoso”, o cristão põe em relevo a obra do Pai na história da salvação: é Ele o “Criador do céu e da terra”. Assim o Pai é apresentado como o Princípio, Aquele que, criando, desencadeia todo o processo da história subseqüente.
Ao professar a fé no Filho, o cristão afirma a obra salvífica do Filho: “Ele se fez homem, nascendo de Maria Virgem; padeceu, morreu, ressuscitou e subiu ao céu, donde voltará para julgar os vivos e os mortos”. Assim se apresenta o Filho como o novo Criador, Aquele que dá origem a uma nova humanidade posta em comunhão com a vida do próprio Deus; fomos feitos filho no FILHO.
O cristão professa sua fé no Espírito Santo que existe e opera na Santa Igreja Católica, ou seja, para rematar a obra de Jesus Cristo, levando à plenitude, em cada cristão, a Redenção e configurando a Cristo os discípulos de Cristo.
Assim, a Igreja é Santa, porque é vivificada pelo Espírito Santo, como obra prima do Paráclito. Ela possui a garantia da indefectibilidade em assuntos de fé e de moral, porque é animada pelo Espírito.
A Igreja é dita “a comunhão dos Santos”. Esta expressão traduz o grego koinonia ton hagion, que se deve entender como comunhão de todas as coisas, antes do mais. Essas “coisas santas” são os méritos de Cristo, dos quais cada cristão é feito participante pelo Santo Batismo; visto que todos participam desse mesmo tesouro, todos comungam entre si, fazendo a comunhão de pessoas santas, pessoas santas na medida em que comungam com os méritos de Cristo, que é o santo por excelência.
A remissão ou o perdão dos pecados é o fruto imediato da comunhão do cristão com a Igreja vivificada pelo Espírito. O próprio Jesus associou a remissão dos pecados ao envio do Espírito Santo, quando na noite de Páscoa soprou sobre a face dos discípulos e lhes disse: “Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados;