ECA - CRIANÇA A ALMA DO NEGÓCIO
Direção: Estella Renner
Produção: Marcos Nisti e Maria Farinha Produções
Ano: 2008
“Criança, a alma do negocio” é um documentário nacional com duração de pouco mais que cinqüenta minutos. Mostra explicitamente o impacto que o mundo publicitário traz na atualidade para a sociedade. Mais ainda quando se trata do público infantil, uma vez que é através dele que as vendas possuem maior índice de aprovação.
O principal alerta abordado é a extinção da fase infantil. O que se percebe é que os pais estão cada vez mais ausentes aos filhos, e estes mais presentes ao meio tecnológico. Para exemplificar, o objeto principal para uma criança dentro da sua casa é a televisão e por coincidência a mais utilizada no Brasil. Ou seja, o período utilizado antigamente com brincadeiras de ruas, hoje é substituído por programas televisivos e propagandas persuasivas.
Trinta segundos é o tempo suficiente para que uma criança seja “hipnotizada” pela vontade sentimental de ter tal acessório ou objeto que foi mostrado na TV. Levado a sentir-se incluído em um mundo que só é perfeito quando for dentro dos padrões que a publicidade diz ser acessível a todos. O problema é que à medida que os pais dão aos seus filhos aquilo que eles “querem” mais eles pedem, fazendo com que o sentimento de satisfação nunca seja alcançável.
A consequência desses atos é tão grande que não só aumenta a criminalidade, como cria a exclusão social daqueles que não tem condição de ter esses produtos e aliena as crianças em um mundo irreal. Faz com que eles não tomem conhecimento de certas coisas que deveriam, por mero esquecimento e falta de uso. Um exemplo claro disso é mostrado durante o documentário, aonde crianças não conseguem identificar o nome de frutas comuns ao dia a dia, no entanto, mesmo sem rotulação, em segundos sabem reconhecer logomarcas de salgadinhos, biscoitos e até mesmo de redes de telefonia.
Ora meu caro leitor, eis que se pergunta: qual a solução para