Os mais- ramalhete e educaçao
Cap. I (p. 7 )
A casa que os Maias vieram Início da ação principal: outono de habitar em Lisboa, no Outono de 1875. 1875, era conhecida na vizinhança Espaço físico: da Rua de S. Francisco de Paula, e Ramalhete (devido ao painel de em todo o bairro das Janelas azulejos com um ramo de girassóis) Verdes, pela Casa do Ramalhete, - situado no bairro das Janelas ou simplesmente o Ramalhete. Verdes; Apesar deste fresco nome de vivenda - o Ramalhete é apresentado com campestre, o Ramalhete, sombrio recurso a vocabulário conotado casarão de paredes severas, com com o fechamento e a tristeza um renque de estreitas varandas de (“sombrio casarão de paredes severas”; ferro no primeiro andar, e por cima “estreitas varandas de ferro”; janelinhas uma tímida fila de janelinhas abrigadas”; aspeto tristonho”. abrigadas à beira do telhado, tinha o - No seu conjunto assemelha-se a aspeto tristonho de residência uma “residência eclesiástica”, a um eclesiástica que competia a uma “colégio de Jesuítas.” edificação do reinado da senhora D. - Estas aproximações aos espaços Maria I: com uma sineta e com uma religiosos remetem, também, para a cruz no topo, assemelhar-se-ia a um ideia de clausura e opressão que, colégio de Jesuítas. metaforicamente anunciam o NB - A anteposição dos adjetivos estreitamento e redução da confere-lhes um sentido conotativo/ linhagem dos Maias. subjetivo (valor não restritivo)
A Educação n’ Os Maias
Ilustrações de Alberto Sousa (1927)
O bom Vilaça, no entanto, dando estalinhos aos dedos, preparava uma observação. Não se podia decerto ter melhor prenda que montar a cavalo com as regras... Mas ele queria dizer se o Carlinhos já entrava com o seu Fedro, o seu Tito Liviozinho... — Vilaça, Vilaça — advertiu o abade, de garfo no ar e um sorriso de santa malícia — não se deve falar em latim aqui ao nosso nobre amigo... Não admite, acha que é antigo... Ele, antigo é... — Ora sirva-se desse fricassé, ande, abade — disse Afonso —