Earned value
A gestão de projetos engloba atividades complexas e dinâmicas e envolve múltiplas variáveis com relações não lineares. Enquanto os problemas encontrados ao longo da execução de um projeto forem tratados de maneira estática, atrasos e custos não desejados ocorrerão. Tal situação entra em contradição com equipamentos de alta tecnologia e técnicas avançadas de gestão. Para evitar estes resultados indesejáveis, enormes esforços vêm sendo realizados no planejamento e controle de projetos (LEE et al., 2005).
Earned Value (ou, conforme tradução do PMBOK, “Valor Agregado”), é uma técnica relativamente nova, pois vem dos anos 60, e tendo sido introduzida pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos, com o objetivo de obter critérios de padrões de aceitabilidade para contratos de defesa que não analisasse isoladamente custo e prazo, mas sim a performance do projeto.
No início da década de 90, a análise de Earned Value ressurgiu no ambiente administrativo com força total, juntamente com o Gerenciamento de Projetos e, desde então, muitos estudos vêm sendo realizados a respeito desta técnica, o que indica que ela permanecerá por um bom tempo em voga nos meios acadêmicos e profissionais (OLIVEIRA, 2003). Embora esteja enraizada dentro da área de Gerenciamento de Custos, ela sofre ou exerce influência em quase todas as áreas da gestão do projeto, uma vez que seu princípio se baseia na inter-relação entre custos, prazos e escopo. Elementos que figuram em todas as áreas de atuação do Gerente de Projetos (OLIVEIRA, 2003).
Portanto, podemos concluir que o Earned Value é uma técnica de controle que permite avaliar, em qualquer momento, a performance de prazos, custos e escopo do projeto: comparando os prazos planejados para o cumprimento de tarefas (work schedule) com as tarefas efetivamente realizadas (Earned Value) e também dentro da perspectiva de custos planejados x custos efetivamente incorridos (ROVAI; TOLEDO, 2002).
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