Dólar no Brasil
Incertezas podem fazer fluxo mudar de direção, adverte economista
Já no acumulado de 2014, até 2 de maio, houve ingresso de US$ 5,61 bilhões no país. Em igual período do ano passado, US$ 2,37 bilhões haviam ingressado da economia brasileira. Houve, portanto, um aumento de US$ 3,23 bilhões em dólares que entraram no país no acumulado deste ano, ainda de acordo com dados oficiais do Banco Central.
'Recursos especulativos'
Segundo avaliação do economista da NGO Corretora, Sidnei Nehme, a entrada de recursos no Brasil, neste ano, tem a ver com "recursos externos especulativos" – que se valem da oportunidade decorrente da perda de ritmo da recuperação da economia americana ao início do ano, forjado como “carry trade” (melhor remuneração no Brasil).
Em sua visão, os investidores estrangeiros tem encontrado "tempo e oportunidade" para usufruir de ganhos na Bolsa de Valores brasileira, que "operava ações com preços debilitados e, em renda fixa atraente pela expressiva taxa de juro que fora retomada pelo país focando conter pressões inflacionárias presentes".
Para ele, porém, "incertezas crescentes internas" decorrentes do "clima político que já influencia os pregões", da "baixa expectativa que o superávit fiscal", de "perspectivas cada vez maiores de crescimento muito baixo do PIB e da inflação persistente", é "natural que ocorra a reversão [nos próximos meses] dos recursos especulativos que ingressaram no país".
Efeito na cotação do dólar
A entrada de recursos no país, registrada em abril, favorece, em tese, a queda do dólar. Isso porque, com mais moeda norte-americana no mercado, seu preço tenderia a ficar menor. No mês passado, de