Durkheim
CURSO DE BACHARELADO EM QUIMICA FORENSE
SOCIOLOGIA- 2014/02
Prof. Marcus Vinicius Spolle
Durkheim
Pelotas, 20 de novembro de 2014
Durkheim
Durkheim ressalta que erroneamente se usa a definição de fato social para indicar todos os fenômenos que se dão no interior da sociedade. Na realidade há um grupo determinado de fenômenos que se diferenciam dos demais fatos que ocorrem na sociedade. Ele diz que quando um indivíduo desempenha um papel na sociedade, ainda que suas atitudes estejam de acordo com os seus sentimentos, na verdade eles não deixam de ser atitudes objetivas vindas de terceiros que são recebidas através da educação. Essas práticas interiorizadas acontecem em diversas áreas e ele cita como exemplo as práticas religiosas, as condutas profissionais, etc., que são práticas que funcionam independentemente do uso que os indivíduos venham a fazer delas. As maneiras de agir, de pensar e de sentir que existem fora da consciência individual, ou seja, todas as formas de conduta que são exteriores aos indivíduos são exercidas por uma força coativa de imposição. Basta imaginar um caso em que uma pessoa tente se comunicar com seus conterrâneos utilizando outro idioma que não é o praticado em seu país. Nessa hipótese a sua tentativa seria frustrante. Durkheim usa exemplos como este para demonstrar o poder coercitivo presente nas práticas cotidianas. Segundo Durkheim é incontestável que a maior parte das nossas ideias e de nossas tendências não são elaboradas por nós, elas são impostas por terceiros. Mesmo diante dessa coerção social, não se exclui totalmente a personalidade individual. Pode-se confirmar a definição de “Fato social” pela observação da maneira pela qual as crianças são educadas. Nesse exercício, salta aos olhos que toda a educação consiste num esforço contínuo para impor à criança maneiras de ver, de sentir e de agir, às quais ela não teria chegado sozinha. Se