Durkheim Émile,O Suicídio
“ Se, portanto, nos deixarmos guiar pela acepção geral aceita , corremos risco de distinguir o que deve de ser confundido ou de confundir o que dever ser distinguido”
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“Uma investigação cientifica, portanto só poderá chegar a seu fim se referindo a fatos comparáveis, e terá tanto maior possibilidade de êxito quanto maior for a certeza de que reuniu todos os que pudessem ser eficazmente comparados.”
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“Pois o importante não é exprimir com um pouco de precisão a noção que é média das inteligências formou do suicídio, mas construir uma categoria de objetos que, podendo ser rotulada sem inconvenientes sob essa rubrica, seja no entanto objetivamente fundamentada , isso é, corresponda a uma natureza determinada de coisas.”
“Chegamos portanto a uma primeira formulação: chama-se suicídio toda morte que resulta mediata ou imediatamente de um ato positivo ou negativo, realizado pela própria vitima”
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“Dizemos, pois definitivamente: Chama-se suicídio todo caso de morte que resulta direto ou indiretamente de um ato, positivo ou negativo, realizado pela própria vitima e que ela sabia produziria esse resultado.”
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“Esse é o objeto deste trabalho, que se comporá de três partes. O fenômeno que se trata explicar só pode ser devido a causas extra-socias de grande generalidade ou a causas propriamente sócias. Indagaremos em primeiro lugar qual é a influencia das primeiras e veremos que ela é nula ou restrita. Determinaremos em seguida a natureza das causas sociais, a maneira pela qual produzem seus efeitos e suas relações com as situações individuais que acompanham os diferentes tipos de suicídios. Feito isso, teremos mais condições de definir em que consiste o elemento social do suicídio, ou seja, a tendência coletiva de que acabamos de falar, quais são suas relações com os outros fatos sócias e por que