Resumo cap. iii do livro o suicídio, de émile durkheim
No capítulo III do livro O Suicídio, Durkheim discute quais seriam as consequências práticas que o ato em si traz para a sociedade, e qual a atitude que as sociedades de sua época deveriam adotar a seu respeito. O autor trata do assunto como um fenômeno de patologia social, um elemento normal da sociedade que está presente em todas as constituições sociais. O direito e a moral nunca permaneceram indiferentes ao suicídio, e ele sempre teve bastante importância para atrair o olhar da consciência pública, existindo até correntes “suicidógenas” desde a antiguidade, e que foram mais ou menos intensas conforme as épocas em que se passaram. Durkheim estudou as causas do suicídio, classificando-as de acordo com suas características, em três tipos: Suicídio Altruísta: quando a opinião coletiva é mais considerada do que a própria opinião. Neste caso podem ocorrer de duas maneiras, como quando os indivíduos se veem sem importância ou oprimidos pela sociedade, e quando sacrificam-se a si mesmo por um grande ideal de sua sociedade (como os homens-bomba, por exemplo). No primeiro caso, o autor avaliou uma maior ocorrência com as sociedades inferiores, que muitas vezes eram subordinadas a outras sociedades superiores, e não davam valor a si mesmos, preferindo a morte do que a subordinação. Suicídio Egoísta: esse tipo de suicídio se dá quando um certo grupo (seja ele religioso, político ou familiar) se desintegra, e o indivíduo se vê sozinho, individualiza-se, e, sem qualquer amparo ou ajuda, suicida-se. Suicídio Anômico: acontece quando a pessoa não encontra mais razão nenhuma para viver, seja por problemas familiares como também pela grande pressão profissional. A moral do indivíduo pode lhe dar uma ideia muito elevada de si mesmo, seus desejos e ambições transbordam, ele não consegue progredir o esperado, e isso tudo geralmente em um curto espaço