Durkheim - Análise das Regras do Método Sociológico
No desenrolar de sua obra "As regras do método sociológico, Durkheim objetiva estabelecer para a sociologia um método e a delimitação de um objeto de estudo, condições indispensáveis ao estabelecimento de legitimidade de qualquer ciência. No primeiro capítulo Durkheim deteve-se a definição dos fatos sociais, dando-lhe a qualificação de objeto de estudo da sociologia, desprendendo-os de qualquer outra espécie de fenômeno a fim de concebê-la em seu estado puro.
Segundo Durkeim, na generalidade de espécies, há grupos específicos de fenômenos com características próprias que os diferencia dos fenômenos estudados pelas ciências naturais. Por exemplo, ao desempenhar um papel de cidadão, esposo, empregado, o indivíduo está diante de deveres que embora lhe sejam próprios, estando de acordo com eles, são exteriores, pois, não foi ele quem os criou, mas lhe foram concebidos atravás da educação. As práticas religiosas, as relações comerciais, afirma Durkheim, funcionam independentemente do uso que delas fazemos, sendo maneiras de pensar, sentir, agir exteriores ao indivíduo que lhe são impostas através do seu poder coercitivo. Mesmo em se tratando do aspecto moral ou de outras formas de conduta, o poder coercitivo ainda se faz sentir, como no caso da forma de se vestir, na forma como se portar diante de determinadas situações. Fundamentando-se no caráter coercitivo e exterior, dos fenômenos sociais, Durkheim os distingue dos de ordem psíquica que só existe na consciência individual.
Para confirmar a definição do fato social, Durkheim demonstou vários exemplos, um deles seria, a forma como as crianças são educadas impondo a elas como se devem se vestir, falar, sofrendo esta uma pressão do meio social que tenta modelá-la a sua imagem onde os pais e mestres são as intermediários.
Um outro ítem importante, e que ao definir os aspectos sociais e reconhecer uma dissociação entre eles e suas repercussões individuais, e quando tal procedimento é