dureza da aguas
1 – Introdução 1.1 – Enquadramento Teórico A dureza das águas deve-se principalmente a Ca2+ e Mg2+ e ainda a vestígios de Fe2+, Al3+ e Cu 2+.
A presença de cálcio e magnésio está associada à constituição dos solos.
Os solos podem ser calcários ou dolomites.
As águas que transportam CO2 dissolvido (proveniente da atmosfera) exercem ação dissolvente nos solos: CaCO3 (s) + CO2 (aq) + H2O (l) à 2HCO3- (aq) + Ca2+ (aq)
MgCO3 (s) + 2H+ (aq) à Mg2+ (aq) + CO2 (aq) + H2O (l) Por outro lado, as águas existentes nos solos podem ter características ácidas, devido à decomposição da vegetação, dissolvendo assim o CaCO3 e MgCO3. CaCO3 (s) + 2H+ (aq) à Ca2+ (aq) + CO2 (aq) + H2O (l)
MgCO3 (s) + 2H+ (aq) à Mg2+ (aq) + CO2 (aq) + H2O (l) Podemos, então, concluir que a dureza das águas irá depender dos solos que atravessa. Existem três tipos de dureza: a dureza total, a dureza permanente ou não carbonatada e a dureza temporária.
A dureza total é a soma das concentrações de sais de cálcio e magnésio.
A dureza permanente ou não carbonatada é devida aos sais polúveis de cálcio e magnésio (sulfatos, cloretos, etc.) não elimináveis por ebulição.
A dureza temporária é a diferença entre a dureza total e a dureza permanente. Através desta tabela podemos relacionar a dureza de uma água com a quantidade de Carbonato de Cálcio (CaCO3): 50 a 100 ppm de CaCO3 Água ligeiramente dura
100 a 200 ppm de CaCO3 Água moderadamente dura
> 200 ppm de CaCO3 Água dura Por exemplo, a água para consumo doméstico pode apresentar uma dureza variável, com limite máximo de 500 ppm. Quantos mais minerais uma água contiver, mais dura ela é, mas o uso de águas duras também tem os seus inconvenientes.
Em instalações industriais onde exista produção de vapor ou aquecimento de águas, verifica-se o aparecimento de incrustações em tubos, caldeiras, etc., que: - dificultam a transferência de