Doutoranda
1. BIOMATERIAIS
Pode-se definir os biomateriais como sendo quaisquer materiais sintéticos ou naturais usados em contato com sistemas biológicos com o intuito de tratar, aumentar ou substituir tecidos, órgãos ou funções do corpo durante um longo período de tempo. [WILLIAMS 1992; WILLIAMS 1987].
Existem diversos tipos de biomateriais, metálicos, poliméricos e cerâmicos. Suas aplicações são divididas em três grupos: substituição de tecidos moles, substituição de tecidos duros e materiais para sistemas cardiovasculares. [KAWACHI, et.al, 2000].
Como estes materiais ficam em contato com fluidos corpóreos, eles devem ter como principal característica a biocompatíbilidade, ou seja, não devem provocar respostas biológicas adversas, como reações alérgicas e inflamatórias não toleráveis pelo organismo. [AZEVEDO, 2002]
A evolução dos biomateriais em função do tempo pode ser classificada da seguinte forma [Modificado de NAVARRO, 2008]:
Primeira geração: implantes ósseos (primeira articulação artificial - cabeça de fêmur 1961);
Segunda geração: dispositivos bioativos (teve inicio nos anos 70);
Terceira geração: Compósitos e nanocompositos (desde os anos 90)
Quarta geração: engenharia de tecidos (atualidade).
1.1 Histórico e Evolução dos Biomateriais
A figura I1 apresenta o esquema representativo da evolução dos biomateriais em função do tempo [MURUGAN, 2004].
No decorrer das últimas décadas observou-se na bibliografia, um desenvolvimento crescente de novos tipos de biomateriais, isto está relacionado à grande competitividade entre as corporações industriais e de segmentos de mercado, da inovação tecnológica, que tem permitido o desenvolvimento de novos métodos e técnicas de elaboração e caracterização de biomateriais e dispositivos para aplicações biomédicas [CAMARGO, 2010; OLIVEIRA, 2010; CAMARGO, 2009; SOARES, 2006]. Esta inovação, esta vinculada à ciência da nanotecnologia, que veio revolucionar os métodos e