Doutor
O Porto de Santos, maior porto da América do Sul e Central, é a porta de entrada e saída de uma significativa parcela das mercadorias que circulam no Brasil. Atualmente existe um Masterplan, apresentado em 2010, que caracteriza que até 2024 o Porto de Santos estará aumentando seu volume de movimentação de carga, passando dos atuais 104 milhões de toneladas para 230 milhões de toneladas, sendo que a carga geral responderá por 53% desse volume, o granel sólido por 30% e o granel líquido 17%. A quantidade de contêineres movimentada também aumentará: passará dos 3,1 milhões de TEUs para 9 milhões de TEUs. Toda essa expansão nos impõe algumas questões pertinentes: Estamos preparados para esta expansão? O que será necessário realizar para evitar que os quilômetros de filas provocadas (em parte) pelo volume de veículos de veículos de carga que operam no Porto de Santos continue reduzindo a qualidade de vida para os moradores da Baixada Santista? O que será necessário fazer para que o crescimento projetado de carga para o Porto de Santos não agrave o congestionamento e por decorrência aumente os custos de transporte, implicando em perda de competitividade para os produtos brasileiros?
Refletindo sobre a questão, podemos utilizar algumas experiências internacionais para nos ajudar no planejamento da expansão.
A expansão do Porto de Rotterdam é a maior obra de engenharia do século XXI nos Países Baixos e é a aposta do Governo Holandês para solidificar o plano de estado com vistas a garantir a Rotterdam o papel de porta de entrada de mercadorias da Europa.
Na década de 1960, os holandeses agregaram uma grande área no estuário do rio Meuse ao porto de Rotterdam. Por meio da construção de um grande dique circular e do bombeamento de areia do Mar do Norte para dentro dele, o porto pôde receber navios maiores e em maior número, sem comprometer as rotas de navegação nas hidrovias. Esta 1ª. expansão foi