Doutor
Em meados de junho de julho de 2014, o Brasil sediou o megaevento esportivo da Copa do Mundo da FIFA de 2014 e, em 2016, sediará os Jogos Olimpícos no Rio de Janeiro. Meios de comunicação nacionais e internacionais, sindicatos, ativistas, organizações de direitos humanos e outras ONGs colocaram os holofotes sobre abusos causados pelos impactos dos grandes projetos de infraestrutura que foram realizados para a preparação da Copa. A Articulação Nacional dos Comitês Populares da Copa e das Olimpíadas é um grupo da sociedade civil que reúne todos os comitês locais populares nas 12 cidades brasileiras que foram sede de partidas de futebol da Copa, incluindo Rio de Janeiro que, em 2016, hospedará as Olimpíadas.
O governo havia prometido que todos os projetos de construção urbana que tivessem, por exemplo, reassentamentos de populações e melhorias na mobilidade urbana (por exemplo, projetos de Bus Rapid Transit) seriam realizados com participação cidadã nos processos de tomada de decisão e transparência. Os projetos beneficiariam os grupos mais marginalizados. Contudo, a realidade foi e tem sido um tanto diferente. Nos últimos meses e anos, vários relatórios foram publicados e apresentados às autoridades locais e internacionais com alegações de violações dos direitos humanos, tais como deslocamentos e despejos forçados, trabalho forçado, discriminação, falta de consulta às comunidades afetadas, trabalho infantil, repressão violenta a manifestantes.
Muitas dessas alegações envolvem abusos cometidos por empresas privadas, ou que tenham ocorrido com sua cumplicidade. A Copa do Mundo forms e os Jogos Olímpicos serão ainda uma oportunidade para pressionar por mudanças positivas. Esta página apresenta alguns dos principais desenvolvimentos bem como a cobertura sobre direitos humanos relacionados aos mega-eventos esportivos no Brasil, destacando o papel e as