Doutor

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Tema 1- Conceitos de música Absoluta e música Programática

A voz humana é considerada o mais primitivo instrumento musical, daí que a música seja o meio de comunicação consigo próprio e com os outros.
A música surge do canto, em que o conteúdo é a declamação de poesia, o que em termos estruturais a torna tributária da música e da literatura. A música Ocidental inicia-se através do Canto Litúrgico (Igreja Romana), mais conhecido como Canto Gregoriano. A música Absoluta (desprovida de qualquer carácter literário e de forte ligação Sacra, o Bem “Luz” por oposição ao Mal “Trevas”) acaba por fazer a transição da música tradicional “Católica Romana “-”Liturgia”-, para a música Programática.
É através da influência da música profana (trovadores) que a música “Litúrgica” se liberta da raiz puramente religiosa, e a harmonia vocal, textual e melódica começam a integrá-la. É criada a “polifonia” a “Arts Antiqua” do séc. XII, a “Renascença Medieval”, o que permitiu, (embora não fosse completamente desligada da “Liturgia”) maior expressividade aos temas melódicos. Aliás, é no séc. XII que se conhece o primeiro compositor, de nome “Perotinus”.

Mas é no séc. XVIII que começa o grande debate entre a música absoluta e a programática, sobre se a música seria um meio de expressão, no sentido da Estética da Música.
Quando falamos de música absoluta, não a podemos dissociar do “formalismo”, uma vez que no final do séc. XVIII era considerada por alguns [”Immanuel Kant” (1724-1804); “Eduard Hanslick (1825-1904)] como uma estrutura sonora puramente formal desprovida de qualquer sentimento ou emoção. Ainda nos nossos dias, os formalistas argumentam que a sua isenção de narratividade e expressividade, permite ao ser humano sobrepor-se às questões terrenas, e dessa forma criar o mundo perfeito, através da pureza das formas sonoras.
A questão do carácter emocional da música, no sentido filosófico, faz parte da discussão secular da mesma. Já Platão e Aristóteles se tinham

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