Dos modos de Conhecer em Platão

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Quando se trata de Platão, ou mais especificamente do método platônico, é de suma importância analisar primeiramente o modo como suas obras foram escritas. Vemos nele (e em nenhum outro mais) um autor que escreve predominantemente sobre a forma de diálogos, de suas obras que nos chegaram apenas uma foge a essa regra, a chamada Carta Sétima, todas as outras seguem esse método. Tal escolha de forma literária estão para além de um simples capricho do autor, pois vale destacar a importância que Platão dá a forma do diálogo, para ele todo discurso deve ter uma estrutura sólida, deve se assemelhar a um corpo vivo, de modo que não venha a se tornar um coisa sem pé nem cabeça. Afinal, qual é o real sentido do diálogo na obra platônica? Visto que todo discurso da realidade está fadado a ser uma imagem e não propriamente a realidade em si, é necessário que o discurso enquanto imagem se aproxime o máximo possível do conhecimento filosófico (verdade) e se afaste da dóxa(sofismo). Platão vê no método dialético a forma de superar contradições do devir e ascender ao inteligível, e a forma literária que mais se aproxima do método dialético é o diálogo. A verdade, ou o “bem-em-si” nunca poderia ser explicitado através da linguagem, esta serve então apenas como um direcionamento para o inteligível. Platão divide em três as formas de adquirir conhecimento cientifico sendo a quarta a própria ciência. Para se entender melhor usaremos o exemplo que Platão utiliza para elucidar tal proposição (o círculo). Primeiramente conhecemos as coisas pelo nome, mas isso nada tem de fixo pois nada nos impediria nomear as coisas de qualidade circular de reta, sendo necessário apenas mudar a aplicação do nome em relação ao objeto. Em segundo lugar por definição, composta por nomes e verbos sobre a própria constituição do objeto, um círculo é uma forma geométrica cuja distância do ponto central para as extremidades sempre será a mesma. O terceiro é a imagem concreta

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