Dor Crônica
Introdução
A dor é a sensação mais intensa e alarmante que ocorre no corpo e tem como propósito fazer com que paremos de nos ferir. Essa percepção pode ser caracterizada como dor patológica, quando uma causa externa, como um dano em algum tecido, produz os sinais que viajam pelo sistema nervoso até o cérebro, onde são interpretados.
Esse tipo de desconforto é comum e momentâneo, chamado de dor aguda, cuja duração é limitada e a causa definida.
Porém,
quando se tem o prolongamento dos sintomas por tempo um tempo extenso, como meses ou até anos, e sem motivo identificável a dor é classificada como crônica. E, por ser causada por defeitos nos circuitos nervosos da dor, que os induzem continuamente a disparar um alarme falso, é caracterizada como dor neuropática, pois tem origem no comportamento indevido dos próprios nervos.
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Para entender o que pode causar a persistência da dor depois da cicatrização de um ferimento, é preciso, antes de tudo, conhecer como ela é desencadeada.
Embora a sensação dolorosa seja percebida no cérebro, as células nervosas que a produzem não se localizam lá, mas sim na medula espinhal, coletando informações sensoriais de todo o corpo; são eles os neurônios espinhais da dor.
Quando acontece uma lesão, os nervos sensoriais, espalhados por todo o corpo e responsáveis pela detecção de estímulos nocivos, transportam os sinais do local lesado ao corno dorsal da medula espinhal.
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Os neurônios dos gânglios da raiz dorsal
(GRD), que representam o primeiro dos três estágios do circuito de percepção de dor, incham seus corpos celulares, como cachos de uvas, nas juntas entre as vértebras da coluna. Cada neurônio de GRD estende para fora uma antena delgada, conhecida como axônio ou fibra que compõe os nervos, para monitorar uma pequena região