Dor cronica x dor aguda
As dores agudas são de absoluta importância para sobrevivência dos seres vivos, indicando que algo vai errado, necessitando de diagnóstico causal, tratamento rápido e o mais eficiente possível. Freqüentemente é o que acontece, estando todos habituados a rápidas soluções. Já nas dores crônicas não existe qualquer finalidade biológica, sendo a dor, o sofrimento e os comportamentos relacionados às mesmas, totalmente desnecessários e danosos para a sobrevivência.
Modificações ocorridas na matriz do sistema nervoso, em função da persistência de informações aberrantes que aí aportam, levam a expressões de genes, que conferem um perfil funcional anormal, cuja expressão é a dor. Conseqüente a tais modificações estruturais e funcionais é que ocorre uma demanda de tempo para que as intervenções terapêuticas sejam percebidas. As intervenções necessitam de alguma forma controlar ou desfazer essa sinalização anômala, para que sejam percebidos resultados de melhora pelo paciente, familiares e pelo sistema de saúde, desavisados dessas características.
DOR AGUDA
As dores crônicas podem ser entendidas como as que se mantêm após a cura da lesão inicial, ou que persistem além de semanas ou meses. Assim, mais do que um sintoma (dores agudas) são consideradas hoje mundialmente como uma doença. Na fisiopatologia das dores crônicas ocorrem mecanismos especiais, fazendo com que as drogas utilizadas, tenham efeitos analgésicos de maneira não convencional.
Essas ações têm como objetivo, corrigir mecanismos e neurotransmissores diretamente envolvidos nas descargas neuronais anormais, buscando uma estabilização das mesmas. São usadas drogas que potenciam a noradrenalina e serotonina no sistema nervoso central, estabilizem iônicamente as membranas, como agonistas do ácido gamaminobutírico (Gaba), bloqueadores de canais de sódio, cálcio, como os antidepressivos e antiepilépticos. Várias outras drogas, que possam também interferir em outros mecanismos são usadas ou estão em