dor cronica idosos
“Qualidade de vida (QV) é uma noção notavelmente humana que tem sido aproximada ao grau de contentamento encontrado na vida familiar, amorosa, social e ambiental e à própria estética existencial. Implica a capacidade de efetuar uma síntese cultural de todos os elementos que determinada sociedade considera seu padrão de conforto e bem-estar. O termo inclui muitos significados, que refletem conhecimentos, experiências e valores de indivíduos e coletividades que a ele se reportam em variadas épocas, espaços e histórias diferentes, sendo, portanto uma construção social com a marca da relatividade cultural” (MINAYO et al., 2000). Segundo Moreira e Araújo (2005), no dia-a-dia, a saúde é identificada como bem-estar e qualidade de vida, e não apenas como falta de doenças. Na ausência de saúde, não é possível sentir-se bem e desfrutar boa qualidade de vida, pode-se, no entanto, assegurar que a saúde não é o único componente necessário para uma vida de boa qualidade. A padronização da qualidade de vida surgiu com a necessidade de igualar a definição da mesma, referente à concepção de cada indivíduo. Deveria então, ser conceituada como algo essencial a cada um, ou seja, teria que se sobrepor em qualquer indivíduo, fosse ele saudável ou incapacitado. Dessa forma, não poderia ser definida pelas condições do ambiente ou pelo comportamento induzido pela sociedade com quem se relaciona (NOBRE, 1995). Segundo Seidl e Zannon (2004), duas tendências quanto à conceituação do termo na área de saúde são identificadas: qualidade de vida como um conceito mais genérico, e qualidade de vida relacionada à saúde. Ainda de acordo com o mesmo autor, no primeiro caso, QV apresenta uma definição mais ampla, aparentemente influenciada por estudos sociológicos, sem fazer referência a disfunções ou agravos. A Organização Mundial de Saúde (OMS,1995), esclarece esta conceituação, em que QV é definida como a consciência do ser humano quanto ao seu lugar em relação à cultura