Dor Cronica Persistente SBED
Dor Crônica Persistente
Como evitar e tratar
Dor Crônica Persistente
Como evitar e tratar
Durval Campos Kraychete
Prof. Adjunto de Anestesiologia da Universidade Federal da Bahia
Diretor Científico da Sociedade Brasileira para Estudo da Dor
Dor Crônica Persistente - Como evitar e tratar
Dor persistente é um sintoma comum e pouco compreendido. Dor crônica e persistente tem sido descrito para uma série de doenças de duração variada, com uma característica comum: - falta de compreensão dos fatores que iniciaram ou mantiveram seu desenvolvimento. A prevalência de dor crônica, em estudos bem conduzidos, varia entre 11,5 a 55,2%, com prevalência média de 35,5%. O individuo com dor crônica (persiste além do tempo habitual de cura de lesão e por mais de 3 meses) cursa com incapacidade física, uso de analgésicos e procura com frequência unidades de emergência. Isso implica em gastos por dias não trabalhados para o estado australiano em torno de cinco bilhões de dólares anuais.
Nos EUA, os gastos com despesas médicas e perda de produtividade alcançam cem bilhões de dólares anuais. Por outro lado, na dor aguda, o sintoma se manifesta no curso da doença.
Portanto, espera-se que a dor decorrente de uma colecistite aguda termine após uma colecistectomia. Isso, entretanto, pode não acontecer e a dor se tornar persistente. Importante é entender que a dor persistente é iniciada por um evento e mantida independente da doença que a causou. Os fatores envolvidos nesse processo de cronificação são biológicos, psicológicos e sociais. Qualquer estímulo de natureza térmica, química ou mecânica pode sensibilizar o nociceptor (terminações das fibras nervosas A-delta e C) a ponto de provocar mudanças fisiológicas no neurônio que perdurem. Este fenômeno é denominado plasticidade neuronal.
O trauma periférico com lesão do nervo (neuroma ou desmielinização) amplifica a sensibilização periférica (aumento da sensibilidade de neurônios de alto limiar). O trauma provoca na