Dominios da Historia
Resumido por, Barbara Alencar
CAPITULO 1 – HISTÓRIA ECONÔMICA
A história econômica agoniza. E num paroxismo tal que, parafraseando M.J. Daunton, a ninguém lhe espantaria de um cínico ouvir: “O que foi a história econômica?” A esta conclusão se chega ao fim de determinados livros ou quando, às vezes desavisadamente, entramos em algumas livrarias. Tomando por base a produção de uma das mais prestigiosas (se não a mais importante) revistas de história do mundo, os Annales, observa-se um contundente e inexorável declínio do número de artigos ligados à história econômica. A ênfase então dada à economia tinha raízes A profundas, derivadas de um contexto em que problemas relativos ao desenvolvimento e subdesenvolvimento estavam na ordem do dia e eram cada vez mais agravados por movimentos em escala mundial como a Guerra Fria, a internacionalização do capital, a descolonização etc. Com a década de 1970 tem início a “derrocada”. Até 1976 a produção voltada para o estudo da economia caiu para 25%, e a tendência declinante ainda persiste. No Brasil, os ecos deste movimento se fizeram sentir tardiamente. O caráter recente dos programas institucionais de pós-graduação em história, cuja disseminação se deu na década de 1970, pode ajudar a explicar o fenômeno. Assim é que somente a partir dos anos 80 é que sentiríamos os primeiros efeitos do tournant vivido pela historiografia internacional. O desconforto com primados como o das explicações econômico-sociais e da longa duração e com o que daí derivava em termos de métodos e técnicas de investigação se apossou até mesmo de autores vinculados àquela vertente que pode ser tomada como um dos principais núcleos incentivadores do economicismo do pós-45: o marxismo. Alguém já alertou que a recepção dos enunciados é mais reveladora para a história das ideologias do que a sua produção. Assim, a diluição da história