Domínios da história - idias centrais da obra
Graduando em História pela UNEB
CARDOSO, Ciro Flamarion. História e Paradigmas Rivais. In: CARDOSO, Ciro Flamarion, VAINFAS, Ronaldo (Org.). Domínios da História: ensaios de teoria e metodologia. Rio de Janeiro, Campus, 1997. P. 1-23.
RESUMO No texto de Ciro Flamarion Cardoso “História e Paradigmas Rivais”, presente na obra Domínios da História: ensaios de teoria e metodologia, o autor investiga e destaca o embate entre os denominados “paradigmas rivais” iluministas e pós – modernos que caracterizam os estudos e produção do conhecimento histórico em nossa contemporaneidade.
IDÉIAS CENTRAIS Ciro Flamarion inicia seu texto dissertando sobre a crise civilizacional que caracteriza este principio de milênio, perpassando pelos conceitos pioneiros de “cultura” e “civilização” e sua polissemia, surgidos na França e na Alemanha, por volta do século XVIII. Foi a partir da segunda metade desse século, e mais precisamente durante todo o século XIX que o iluminismo, enquanto ideologia cientificista nasceu e desenvolveu-se no seio da sociedade européia, tendo seus fótons se expandido por todo o mundo ocidental, e é exatamente o paradigma advindo dessa “doutrina” que Flamarion aborda em principio, afirmando viver este, uma agonizante crise de hegemonia que se arrasta de meados do século XX até nossos dias. Segundo o autor, o paradigma iluminista em seu processo de desenvolvimento e amadurescencia, na luta por expandir o estatuto científico aos estudos sociais, revelou correntes de pensamento influentes até os dias atuais, sendo as principais o marxismo e a Escola dos Annales. As correntes historiográficas “filhas” do paradigma iluminista viveram seu apogeu durante as décadas de 1950 e 1960, militaram em prol de uma história cientifica, caracterizada por modelos macro-historicos, objetivando sempre a inteligibilidade e a explicação. No marxismo, por exemplo, são apresentadas leis que agem sobre as sociedades e suas transformações no tempo, a