Doenças do café
INTRODUÇÃO
O cafeeiro é uma planta perene de clima tropical. Pertence a família das Rubiaceas e ao gênero Coffea que reúne diversas espécies. A Coffea arabica e Coffea canephora (robusta) são as de maior interesse econômico, constituindo respectivamente, 70% e 30% da produção mundial. (Ceplac, 2010).
A cultura do café impõe constantes desafios aos produtores rurais para tornar possível o processo produtivo com um desenvolvimento agrícola sustentável e com produto de qualidade para atender aos mercados consumidores cada vez mais exigentes (Ventura et al., 2007).
O Brasil é o maior produtor e exportador de café e o segundo maior consumidor após os EUA. A Bahia está entre os principais estados produtores de café no Brasil, ocupando a quinta posição com 1,2 milhões de sacas. Destas, 80% são de café arabica e o restante do robusta cv. Conilon. Praticamente, toda a produção de café Conilon no Estado resulta das lavouras que se expandiram nos últimos quinze anos no sudeste da Bahia, estimando-se que existam mais de 30 milhões de cafeeiros plantados na atualidade. Os fatores de ordem climática e edafológica dessa região, propiciam a expansão do café Conilon como uma das alternativas de diversificação agrícola de grande relevância social e econômica. (Ceplac, 2010).
As doenças representam os fatores mais limitantes para a produção e produtividade do café, tanto para os pequenos agricultores de base familiar, como para os grandes produtores em escala empresarial, podendo causar perdas que chegam a inviabilizar a exploração da cultura. Por isso, é uma das principais razões pelas quais se estabelecem os programas de melhoramento genético. As doenças do cafeeiro sejam de origem biótica (fungos, bactérias, nematóides e vírus), sejam de abiótica (que não tem o envolvimento de patógenos e estão associados a problemas intrínsecos da planta ou a fatores ambientais do local de implantação da cultura, bem como ao manejo