Problemas economicos do café
1. Introdução
Após sua introdução no Brasil, iniciada no Pará no início do século XVIII, a cultura do café disseminou-se por outras regiões, encontrando condições favoráveis de clima e solo especialmente no Sudeste, que recebeu as primeiras mudas entre 1760 e 1762, no Rio de Janeiro. Em 1859 o Rio de Janeiro respondia por 78,4% da produção brasileira, São Paulo por 12,9% e Minas Gerais por 7,8%. A partir de 1880 São Paulo tornou-se o maior produtor brasileiro, tendo atingido maior participação na produção nacional na década de 30. De São Paulo, entre 1904 e 1929, a cultura atingiu o norte do Paraná, que se tornou o maior produtor brasileiro até a metade da década de 80, chegando a responder por 50,0% da produção brasileira e cerca de um terço da produção mundial de café. Em 1960 a cafeicultura atingiu a fronteira com o Paraguai e o Mato Grosso do Sul
Nas últimas três décadas a participação da cafeicultura paulista na produção nacional vem caindo sistematicamente. No período entre as safras 1996/97 – 2000/01, São Paulo respondeu em média por 12,2% (cerca de 3,3 milhões de sacas de 60kg) do volume total da produção brasileira, enquanto no período 1986/87 – 1990/91 respondeu em média por 20,7% (cerca de 6,1 milhões de sacas de 60kg) da produção brasileira. Entre 1966/67 – 1970/71 a participação de São Paulo na produção brasileira de café chegou a 43,3% em média, com pico de 59,7% na safra 1969/70. No entanto, São Paulo ainda é responsável por cerca de 48,0% do café torrado consumido e por 80,0% da do café solúvel produzido no Brasil. As indústrias paulistas de solúvel processam anualmente cerca de 800.000 sacas de café, geram cerca de 1.000 empregos diretos e destinam sua produção para os mercados interno e externo.
Essa indústria processa cafés da espécie Canephora (genericamente denominado robusta ou conilon), com maiores teores de sólidos solúveis e cafeína que as cultivares Arabica. Mas o robusta é importado de outros Estados,