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Com a morte de Getúlio Vargas, Café Filho assumiu a Presidência em um curto e agitado governo. Ficou no cargo por pouco mais de 14 meses, mas enfrentou uma situação delicada, visto que, teve de conciliar os problemas econômicos gerados pelo governo anterior com a realidade política ocasionada pela morte de Getúlio.
A história política de Café Filho e Vargas iniciou-se em 1950 quando seu partido, o PSP, indicou-o como vice na chapa de Vargas. Quando assumiu a presidência, Vargas retomou o programa de desenvolvimento nacional - estatista, que havia sido iniciado em meados de 1930, em seu primeiro governo.
Houve então uma intensa pressão sobre o governo por parte da oposição, inclusive por uma parcela de militares. O governo era acusado das tentativas de assassinato de Carlos Lacerda , dentre mais denúncias de corrupção, etc. Toda esta situação desembocou no suicídio de Getúlio Vargas, em 24 de agosto de 1954.
Café Filho tomou posse da presidência da República no dia 3 de Setembro, ainda em meio a um clima de comoção pelo acontecido. A equipe de governo era composta por políticos, empresários e militares em oposição a Getúlio.
Os meses que passou no poder foram marcados por uma grande instabilidade, e o novo presidente tentou apaziguar a situação indo aos meios de comunicação para prometer assumir os compromissos firmados por Getúlio. A pressão política, no entanto, não cessava, e fez com que Café Filho permitisse a entrada de políticos da UDN no gabinete ministerial.
Os problemas econômicos persistiram, sendo combatida com algumas medidas como a redução das despesas públicas, a criação da taxa única de energia, a limitação do crédito, a retenção do imposto de renda sobre os salários, etc. Para que tais medidas fossem apoiadas, Café Filho ressaltou que seu governo era provisório e que não tinha intenção de persistir na política.
Em novembro de 1955, Café Filho teve que se afastar de suas atividades por problemas cardíacos, e deixou em seu lugar Carlos Luz,