Doenças cardiovasculares
As doenças cardiovasculares aparecem em primeiro lugar entre as causas de morte no Brasil e representam quase um terço dos óbitos totais, onde 65% do total de mortes é na faixa etária de 30 a 69 anos de idade, atingindo a população adulta em plena fase produtiva (DATASUS, 2004). No Sistema Único de Saúde (SUS), essas doenças foram responsáveis, em 2002, por mais de 1,2 milhão de internações que representaram 10,3% do total de internações (ARAÚJO e FERRAZ, 2005).
A lógica assistencial para a promoção da saúde e prevenção de doenças se baseia no conhecimento de agravos prioritários à saúde de determinada população que ocupa determinado espaço geográfico. Desta maneira, é importante que se conheça e analise a realidade epidemiológica das doenças cardiovasculares no sentido de dimensionar o problema e caracterizá-lo segundo tempo, espaço e atributos das pessoas. (FISCHMANN, 2005).
A Organização Mundial de Saúde (OMS) ressalta o perverso ciclo vicioso existente entre pobreza e doenças crônicas: os países mais pobres e os indivíduos mais pobres nesses países têm maior risco de desenvolver doenças e morrer precocemente. Esta população está mais vulnerável por vários motivos, incluindo maior exposição de risco e menor acesso aos serviços de saúde. Os custos diretos e indiretos, tanto no ponto de vista pessoal quanto governamental, contribuem para a manutenção do ciclo de pobreza gerando doença que gera mais pobreza.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) existem também diversos fatores de risco para doenças cardiovasculares, os quais podem ser divididos em imutáveis e mutáveis. São fatores imutáveis aqueles que não podemos mudar e por isso não podemos tratá-los. São eles: Hereditários, idade e sexo. Já os mutáveis, são os fatores sobre os quais podemos influir, mudando, prevenindo ou tratando. Dentre eles podemos citar a obesidade, tabagismo, colesterol, diabetes, estresse, hipertensão arterial.
As doenças cardiovasculares representam um