doenças cardiovasculares
REVISÃO
Hipertensão arterial no Brasil: estimativa de prevalência a partir de estudos de base populacional
Hypertension in Brazil: Estimates from Population-Based Prevalence Studies
Valéria Maria de Azeredo Passos
Germinal – Grupo de Pesquisa em Epidemiologia de Doenças Crônicas e Ocupacionais, Faculdade de Medicina da Universidade
Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte-MG
Centro Colaborador em Epidemiologia e Prevenção de Doenças Crônicas, Secretaria de Vigilância em Saúde, Ministério da Saúde,
Brasília-DF
Tiago Duarte Assis
Germinal – Grupo de Pesquisa em Epidemiologia de Doenças Crônicas e Ocupacionais, Faculdade de Medicina da Universidade
Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte-MG
Sandhi Maria Barreto
Germinal – Grupo de Pesquisa em Epidemiologia de Doenças Crônicas e Ocupacionais, Faculdade de Medicina da Universidade
Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte-MG
Centro Colaborador em Epidemiologia e Prevenção de Doenças Crônicas, Secretaria de Vigilância em Saúde, Ministério da Saúde,
Brasília-DF
Resumo
Estudos epidemiológicos sobre a hipertensão arterial são fundamentais para conhecer a distribuição da exposição e do adoecimento e as condições que influenciam a dinâmica de risco e controle na comunidade. Este artigo analisa estudos de prevalência de hipertensão no Brasil, de base populacional, em adultos, a partir de 1990.
Foram incluídos todos os estudos publicados nas bases Medline e LILACS. A análise considerou a população-alvo, o desenho do estudo, o plano amostral, as características sociodemográficas da população-alvo, os critério de definição de hipertensão e a análise estatística. Nos 13 estudos selecionados, as taxas de prevalência mostram que cerca de 20% dos adultos apresentam hipertensão, sem distinção por sexo, mas também com evidente tendência de aumento com a idade. Os estudos ainda estão restritos às Regiões Sul e Sudeste. É marcante a preocupação com a metodologia e precisão da estimativa da prevalência.