Doentes terminais
INSTITUTO CONCÓRDIA DE SÃO PAULO - Escola Superior de Teologia
Disciplina: Evangelização e Serviço Social - Professor: Ph.D. David Coles
Aluno: Wanderley Maycon Lange - Junho/2000.
OS DOENTES TERMINAIS
A proximidade com a morte, especialmente a consciência de que ela é inevitável transformam completamente a pessoa. A maioria das pessoas, nesta situação, reorganizam sua escala de valores. Valores que até então eram fundamentais, passam para um segundo plano ou perdem totalmente o interesse para a pessoa. Por outro lado, outros valores se tornam fundamentais. A família, a amizade e os valores espirituais passam a ocupar o centro das atenções. A aproximação da morte traz consigo a desorientação total nas emoções e pensamentos, principalmente no primeiro período, após a constatação do fato. Esta crise e trauma, muitas vezes, evitam que a pessoa possa se orientar em sua nova situação, ter clareza quanto as suas necessidade, procedimentos e novos valores.
A assistência oferecida a pessoas terminais deve ser baseada em honestidade e esperança realista. É importante que se tente desenvolver um relacionamento franco e de confiança, em que a pessoa possa expressar livremente seus sentimentos, suas frustrações e inclusive sua agressividade. Neste período, a comunicação com a pessoa precisa ser clara. Quando isto não acontece, com facilidade aumentará o isolamento. A assistência é importante que seja prestada igualmente aos familiares mais chegados, de forma simultânea. Em geral, estes sofrem da mesma forma com a nova situação e terão dificuldades idênticas. Por outro lado, esta assistência simultânea poderá facilitar o entendimento e o bom relacionamento entre ambos. Várias vezes, o paciente e os familiares tendem a evitar os assuntos que mais os afligem, como a terminalidade de seus relacionamentos e o próprio futuro. Muitos pensamentos e preocupações de ambas as