E. Kubler-Ross - A Assistência Médica ao Doente Terminal
Ano Letivo: 2013/2014
Trabalho de Reflexão Individual
Discente: Pedro Manuel Santana Palmeira
Aluno n.º 50880
De acordo com Elisabeth Kübler-Ross de que forma tendem os sistemas de assistência a desumanizar os doentes terminais?
“Aqueles que tiveram a força e o amor para ficar ao lado de um paciente moribundo com o silêncio que vai além das palavras saberão que tal momento não é assustador nem doloroso, mas um cessar em paz do funcionamento do corpo”. Kübler-Ross, E. (1996)
Ainda assistimos à negação da própria finitude, atitude que acaba por se repercutir na diminuição da atenção e no cuidado aos que se encontram na fase final da vida. Na verdade, o homem não está preparado para enfrentar a morte, todos a temem, evitam discutir sobre o assunto, ao invés de compreendê-la e aceita-la.
Neste âmbito, Elisabeth Kübler-Ross, desperta-nos de um modo veemente para a necessidade de educarmos para a morte, para a desocultação da morte, para a abolição do tabu social instituído que marca a prática da sociedade em geral e dos profissionais de saúde em particular, nos cuidados ao doente em fase terminal.
Contudo, a situação que se vive é inversa a estes anseios, porque, o que se verifica nas unidades de saúde é um processo de despersonalização do paciente terminal, sendo silenciado, impedido de participar nas decisões referentes à sua vida, doença, sofrimento e morte, desumanizando, em absoluto, a pessoa na etapa final do seu desenvolvimento pessoal.
Geralmente, quando o doente terminal já não pode ser curado é deixado ao abandono, rematando a situação com a infeliz frase "não há mais nada a fazer", quando, pelo contrário, a atitude certa seria a de dignificar a pessoa naquele momento da sua vida, que por ser um processo evolutivo e contínuo, também é sequela da vida.
A imagem paradigmática do “morrer moderno” é a de um paciente solitário, internado numa unidade de cuidados intensivos, com o