Doutora

871 palavras 4 páginas
Morrer é uma fase da vida.
Daiane Priscila Simão-Silva

Desfrutando do livre arbítrio, o homem segue buscando o conhecimento e angariando um desenvolvimento tecnocientífico surpreendente. Na área da saúde, esse desenvolvimento permitiu grandes avanços, como a cura e tratamento para várias doenças e assim, o aumento significativo da expectativa de vida. Contudo, neste contexto de progresso e domínio, a morte tornou-se um processo antagônico à competência e eficácia médica e tecnológica. A morte passa a ser um evento “medicalizado” e o doente terminal, uma pessoa “institucionalizada”, pois submetida a regras e rotinas institucionais, não permitindo que esse momento seja vivido pela família e pela comunidade, passando a ocorrer nos hospitais e transformando o fim da vida em um tabu. Diante da finitude, que é uma fase importante da vida, a pessoa se depara com a reflexão sobre a vida. E, o “não ter sido” ou “não ter vivido”, podem conduzir a um sofrimento que nenhum medicamento ou procedimento técnico podem lhe eximir de senti-lo. São inúmeras questões não resolvidas durante a vida que se desvelam diante da morte. Nessa fase, com toda singularidade e dignidade pessoal, que todo ser humano precisa ser cuidado em todas as suas dimensões. Suas dores e sofrimentos físicos devem receber o tratamento clínico adequado e, os sociais, a assistência. E para as dores e sofrimentos psíquicos e espirituais, o tratamento humano necessário, sendo para esse, o amor e o cuidado os mais eficazes remédios. Desta forma, a dor passa a ser um chamado para o amor e a solidariedade e, quando não atendido este chamado, rouba-se aquilo que é o mais precioso da vida humana: sua dignidade. A dignidade humana, que é um valor imutável e intangível, deve ser respeitada durante toda a vida, ou seja, desde o nascimento até a morte. Neste sentido, assim como recebemos ajuda para nascer, necessitamos de auxílio para a hora da morte. Porém, o auxílio não significa abreviar a vida, provocando

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