Doen as ocupacionais enviar
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, estudos sobre os efeitos de materiais particulados evidenciam o aumento da mortalidade e da morbidade na população exposta aos poluentes gerados pela Indústria de Fertilizantes, especificados na tabela 01. Pesquisas realizadas nos Estados Unidos mostram que há uma relação linear entre os efeitos sobre a saúde humana, principalmente das doenças respiratórias, e a concentração de particulados: a cada aumento de 10 μg/m3 na concentração média anual de PM10 (partículas inaláveis), há aumento na taxa de mortalidade, que varia entre 0,3 e 1,6%.
Estudos mais recentes conduzidos no Canadá, Alemanha, Suíça e Estados Unidos demonstram que concentrações no ambiente em torno de 30 μg/m3 já provocam sintomas de doenças respiratórias, sendo que o limite abaixo do qual estes sintomas não ocorreriam é ainda desconhecido. Como o material particulado inalável transporta gases adsorvidos que podem atingir as vias aéreas nas regiões de trocas gasosas, diversas doenças pulmonares decorrem da exposição ao particulado, sendo que já foram relatados, inclusive, efeitos carcinogênicos.
Os fluoretos, além de danosos à saúde humana, são também fortes agentes fitotóxicos, causando danos nas plantas, dentre os quais: alterações metabólicas, lesões foliares, redução no crescimento e desenvolvimento, o que resulta em prejuízos ao ecossistema como um todo. Os fluoretos gasosos, basicamente HF, são mais agressivos à vegetação que os fluoretos sólidos, sendo tóxicos para os vegetais em concentrações menores que 1 ppb. Lesões já aparecem quando a concentração deste poluente na atmosfera chega a 0,8 μg/m3 ou mesmo 0,2 μg/m3, em espécies sensíveis.
A degradação da vegetação em grandes áreas da Serra do Mar, no Estado de São Paulo, ocorrida na década de 80, deveu-se, em grande parte, às altas concentrações deste poluente. Sabe-se também que, em longo prazo, as regiões atingidas sofrem redução da diversidade e eliminação de espécies